A distinção entre
vidência e clarividência na obra de Allan Kardec pode ser explicada a partir do
esquema abaixo:
Estado de Consciência
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Transe Profundo (estado sonambúlico e de êxtase, em
terminologia kardequiana)
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Transe Superficial (crise passageira, em
terminologia kardequiana)
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Fenômenos Anímicos
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Clarividência sonambúlica ou lucidez
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Dupla vista
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Fenômenos Mediúnicos
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Clarividência mediúnica
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Vidência mediúnica
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Mecanismo Geral
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Emancipação da alma
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Emancipação da alma
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Concluímos,
portanto, que a chave da distinção entre a clarividência e a vidência
mediúnicas, encontrada na obra kardequiana, reside na extensão do transe
mediúnico.
O leitor da obra de
Kardec deve cuidar-se também para não confundir clarividência com mediunidade,
uma vez que ele emprega o termo em sentido amplo, podendo referir-se a
fenômenos anímicos como a visão à distância sem o emprego dos olhos, visão
através de corpos opacos e "transposição de sentidos" (que seria uma
impressão do sonâmbulo, e não uma descrição do mecanismo do fenômeno, que é, em
última ordem, a emancipação da alma).
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